Tenho atualizado tão pouco este Diário que o meu post sobre a borboleta-do-medronheiro de setembro de 2023 ainda aparece na página inicial, mas não me vou acabrunhar (até porque a fotografia deste ano é ligeiramente melhor). Um encontro com esta borboleta vale sempre a pena registar. Foi o que aconteceu no último dia de agosto, quando voltei a avistar esta espécie (a maior borboleta (...)
Hoje não trago aqui uma observação minha, mas uma citação de um interessante artigo no Público de dia 28 de agosto, assinado pela bióloga Patrícia Beitrão, com um apanhado geral das conclusões de um estudo que realizou sobre comportamentos de bullying entre indivíduos de uma pequena espécie de ave, o bico-de-lacre. Recomendo a sua leitura integral(é (...)
Se não fosse o fio, podia ser uma das minhas melhores fotografias de um milhafre-preto (uma entre 37 que guardo desta ave). A imagem acima foi feita em abril deste ano, em Godim, perto de Peso da Régua, sobre o Douro. Foi a ave que mais avistei nessa viagem e um dos pontos altos das minhas esperas fotográficas pelo comboio clássico da CPque circula nessa região. Tanto (...)
Costumo só escolher uma fotografia por ano, mas 2024 começou tão mal deste lado que sinto uma urgência de abrir o meu arquivo e dar a ver algumas das coisas que tive a sorte de registar com a câmara. E sublinho a palavra sorte: a ausência de planeamento, as avarias do equipamento fotográfico, ter ficado sem carro, e outros factores, não ajudaram a ir mais longe. Aves Este fabuloso peneireiro a sobrevoar a cidade do Funchal é, sem sombra de dúvidas, a melhor fotografia que tirei a (...)
Apetece-me fazer um balanço de mais um ano de caminhadas na Natureza e observações registadas na aplicação do iNaturalist, uma das redes sociais mais saudáveis que podem existir (a interação consiste essencialmente em ajudar outros utilizadores a identificarem as espécies de flora e fauna encontradas..).
Começando pelos números, eis um apanhado geral da minha atividade nos últimos 12 meses no iNaturalist:
um total de 175 observações, relativas a 118 espécies;
deste total (...)
Há sítios e momentos nos quais temos a esperança de avistar uma ave totalmente nova para nós. Muitas vezes é um sentimento que não se materializa. E depois há aquelas alturas em que somos totalmente apanhados desprevenidos por uma ave que desconhecemos em absoluto e nos surpreende pelo seu exotismo. Foi o caso desta viuvinha ou viúva-bico-de-lacre (vidua macroura), avistada junto ao Tejo em Vila Nova da Barquinha. Reparem na sua cauda. Vista assim, de perfil, não parece muito (...)
E um exemplo feliz de como as notícias, além de informar, podem deslumbrar.
Na semana passada, dirigi o e-mail abaixo ao Público, na sequência de um encontro "cara a cara" com um exemplar da borboleta-do-medronheiro, uma espécie que andava há meses a querer avistar nas minhas caminhadas por Monsanto. Das borboletas que costumam ser observadas em Lisboa, só me faltava avistar esta. O e-mail é o resultado do deslumbramento com a serendipidade, ajudada por uma notícia de jornal, que me permitiu vê-la e tocá-la (ou melhor, ser tocado por ela). Para: publico@publico.pt (...)
A cegonha-branca é uma das aves mais curiosas que me habituei a observar. Existe uma certa altivez na indiferença que parece reservar à presença e atividade humana em sua volta. A forma como se apropria das torres de distribuição elétrica, das chaminés desativadas e outras construções para formar os seus ninhos é um sinal disso. Não me interpretem mal: acredito que seja uma espécie com muitos motivos de queixa das nossas ações, mas do ponto de vista da observação casual (...)
Fui a Tomar há poucas semanas e avistei esta garça-real junto à pequena comporta que ali existe para controlar o rio Nabão. Visitei a cidade a propósito da Festa dos Tabuleiros e fiquei encantando por ver que também ali ocorre uma das minhas aves preferidas. Fiz algumas fotografias e continuei o meu passeio pelas ruas decoradas com milhões (sim, milhões!) de enfeites de papel que marcam esta festividade única no país, e que só acontece de 4 em 4 anos. Já estava quase na hora (...)
É meio indesculpável como é que ainda não tinha trazido aqui nenhuma borboleta, mas a existir uma primeira vez, estaria sempre reservada àborboleta-cauda-de-andorinha, uma das maiores espécies que podem ser avistadas em Lisboa. Pode chegar a ter 80mm de envergadura, o que a torna inconfundível a qualquer olhar mais distraído, ao ponto de dar muitas vezes por ela através da sua sombra no chão. É esse tipo de borboleta! Encontro-a mais vezes nestes meses quentes entre a (...)